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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Atitude Profissional Parte 4 - Reler, reler e reler

Recentemente, recebi um PDF de meu próximo livro, "Como tatuagem". Ele sairá pela Verus, que é um selo da gigante Record. O arquivo foi, ao mesmo tempo, uma notícia e uma promessa.
A notícia de que o livro sairá a tempo para a Bienal de SP
A promessa de três dias de trabalho duro...
Eu reli o PDF da primeira à última página. Marquei dúvidas à revisora, respondi a comentários da copidesque e anotei todas as mudanças que julguei necessárias. Havia, ainda, erros de coerência!
Sim, amiguinhos, erros podem ser encontrados até quando o livro já está diagramado. Aliás, erros podem ser encontrados até depois do livro impresso, mesmo você tendo muito capricho.
E não pense que o leitor, quando encontra erros em um livro – sejam simples trocas de letras até informações erradas, passando por equivocos de sequência e incoerências –, vai procurar o nome do copidesque, do editor ou do revisor nos créditos (a não ser que seja profissional da área e esteja avaliando o trabalho dessas pessoas).
Não.
O leitor vai colocar os erros na conta do nomezinho que está na capa. A pessoa que escreveu!
É por isso que eu (a Giulia também, pode ter certeza) sempre aconselho: releia, releia, releia. Uma parte considerável do trabalho de escrita é a lapidação. É reler, revisar, reescrever, mudar, cortar. Sem medo.
Aliás, vale um complemento aqui. Cortar trechos e capítulos não deve ser encarado como uma mutilação. A grande verdade é que, na escrita profissional, pedaços gordos são cortados, tanto pelo próprio autor como por sugestão do editor.
Não se renda a: pressa e/ou preguiça! Você não vai conseguir a perfeição, mas não é por isso que vai se entregar às principais inimigas dela.

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